Estudo mapeia as ansiedades de quem retorna ao escritório
Um estudo em cinco países que estão mais avançados no controle da pandemia com 4,5 mil profissionais indica que as ansiedades dos funcionários que passaram a trabalhar remotamente de retornar a um possível modelo de trabalho presencial.
Entre os 1.678 que viveram essa situação e mudaram o local de trabalho com a pandemia, as principais ansiedades envolvem o medo de ser exposto ao coronavírus (77%), de ter menos flexibilidade no trabalho (71%).
Além disso, há ansiedade de voltar a enfrentar os deslocamentos entre casa-trabalho (68,5%), de usar máscara no escritório (54%) e por conta da necessidade de buscar onde ou com quem deixar crianças (22%).
Esses dados indicam, segundo o The Limeade Institute, que conduziu a pesquisa, um receio de grande parte dos profissionais de perder parte das conquistas no dia a dia profissional que ganharam com as novas formas de trabalho na pandemia.
Quase 70% querem manter as possibilidades que conquistaram em termos de horários flexíveis e 53% o tempo que ganharam em casa em suas rotinas.
Questionados sobre o que mudou em suas rotinas nos últimos 12 meses, 37% do total de entrevistados indicaram um aumento na quantidade de reuniões e 42% viram a quantidade de viagens de negócios cair.
Quase 51% indicaram que a conexão com seus colegas, em termos de interações, caiu. Com relação às principais fontes de estresse que eles visualizam no curto prazo, segurança e saúde da família foram citadas por 82,4%, incertezas econômicas por 82%, e insegurança do emprego para 55%.
Com relação ao papel na liderança no ambiente de trabalho atual, 45% dos gestores entrevistados disseram sentir o apoio de seus líderes, mas entre os funcionários, esse número foi mais baixo: 31%. Um quinto dos funcionários afirmaram, aliás, não sentir qualquer apoio de seus gestores.
Um número que o relatório também destaca é de que cerca de 55% dos entrevistados afirmaram que suas empresas não os consultaram sobre procedimentos para retorno aos escritórios e apenas 28% afirmaram que suas empresas tomam ações em alguma medida baseada nas pesquisas internas com sua força de trabalho.
Dez por cento disseram que suas organizações não tomam decisões baseadas em pesquisas realizadas com eles.
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