Como funciona o imposto regressivo em renda fixa e qual a melhor estratégia tributária?

Os investimentos em renda fixa são uma opção atrativa para quem busca segurança e previsibilidade, mas a tributação pode impactar os rendimentos.

No Brasil, a maioria dos títulos de renda fixa, como CDBs, Tesouro Direto e fundos de investimento, está sujeita ao Imposto de Renda (IR) regressivo, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor será a alíquota cobrada sobre os rendimentos. Para quem deseja maximizar os ganhos, entender como esse imposto funciona e quais estratégias tributárias adotar é essencial.

Como funciona o imposto regressivo em renda fixa?

A tributação dos investimentos em renda fixa segue uma tabela regressiva de Imposto de Renda retido na fonte. Isso significa que a alíquota diminui conforme o tempo de aplicação, incentivando investimentos de longo prazo. Veja a tabela atual:

Até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Mais de 720 dias: 15%

Quanto a tributação impacta os rendimentos?

Imagine que você investiu R$ 50.000 em um CDB que rende 100% do CDI, com a taxa do CDI a 13,15% ao ano. Veja o impacto da tributação em diferentes prazos:

Resgate após 6 meses (180 dias – IR de 22,5%)
Rendimento bruto: R$ 3.289
Imposto de Renda (22,5% sobre o lucro): R$ 740
Rendimento líquido: R$ 2.549
Valor final após IR: R$ 52.549

Resgate após 1 ano (365 dias – IR de 17,5%)
Rendimento bruto: R$ 6.758
Imposto de Renda (17,5% sobre o lucro): R$ 1.182
Rendimento líquido: R$ 5.576
Valor final após IR: R$ 55.576

Resgate após 2 anos (730 dias – IR de 15%)
Rendimento bruto: R$ 14.437
Imposto de Renda (15% sobre o lucro): R$ 2.166
Rendimento líquido: R$ 12.271
Valor final após IR: R$ 62.271

— Exame