Reforma tributária: só 11% das empresas se dizem prontas
A menos de 1 ano do início do período de transição, a reforma tributária encontra um cenário corporativo de apreensão e despreparo. Um estudo da consultoria Robert Half mostra que só 11% das empresas brasileiras se consideram totalmente preparadas para as profundas mudanças no sistema de impostos sobre o consumo.
O levantamento, realizado com 100 profissionais que atuam diretamente com o tema, expõe uma realidade preocupante: metade das companhias (50%) avalia que poderia estar mais bem preparada, e 37% reconhecem estar despreparadas, mesmo que já tenham iniciado alguma análise sobre os impactos.
Para Vitor Silverio, gerente da Robert Half e um dos responsáveis pela pesquisa, os dados acendem um alerta para a necessidade de planejamento imediato, especialmente no que diz respeito ao capital humano. Segundo ele, a reforma não é só fiscal, mas uma “reforma de negócios” que impactará toda a cadeia operacional, logística e de precificação das empresas.
O estudo indica que a demanda por profissionais qualificados já aumentou e deve se intensificar. Cerca de 53% das empresas planejam contratar ao menos 3 novos colaboradores para lidar com a transição. Nas grandes companhias, o percentual sobe para 58%.
“No cenário atual, em que o Brasil apresenta as menores taxas de desemprego da história, tanto para a população em geral quanto para profissionais qualificados, a disputa por talentos tende a se intensificar”, afirmou Silverio.
Ele explicou que as contratações visam a substituir a equipe que será dedicada à reforma (69%), incorporar especialistas em tecnologia para parametrização de sistemas (44%) e auxiliar no diagnóstico dos impactos (37%). …
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A complexidade da transição, que ocorrerá de 2026 a 2033, é um dos principais fatores de preocupação. Durante essa fase, as empresas terão de operar com 2 sistemas simultaneamente: o atual, com PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Imposto sobre Serviços), e os novos, com a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
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