Como funciona a due diligence imobiliária antes da compra de um imóvel
O mercado imobiliário brasileiro movimenta bilhões de reais anualmente, mas ainda enfrenta desafios relacionados à segurança jurídica das transações. Problemas com documentação irregular, dívidas não declaradas e até tentativas de fraude continuam presentes nas negociações, criando um cenário que demanda cada vez mais atenção de compradores e vendedores.
Diante disso, a investigação prévia de imóveis surge como um passo mais do que essencial para garantir transações mais seguras. O processo, conhecido como due diligence imobiliária, tem ganhado cada vez mais espaço no país como forma de prevenir prejuízos e evitar dores de cabeça no campo jurídico.
A due diligence imobiliária consiste em uma investigação detalhada realizada antes da compra ou venda de um imóvel. O termo, originado do inglês e que significa “devida diligência”, representa um processo de verificação que examina documentos, situação jurídica, aspectos financeiros e condições físicas do bem.
Na prática, esse procedimento funciona como uma auditoria completa do imóvel. Cada documento passa por uma análise rigorosa, pendências são identificadas e riscos são mapeados, permitindo que as partes envolvidas tomem decisões baseadas em informações concretas.
O processo se caracteriza pela abordagem multidisciplinar, reunindo profissionais de diferentes áreas para formar um diagnóstico completo. Advogados analisam a documentação legal, engenheiros avaliam a estrutura física, contadores verificam aspectos tributários e consultores ambientais examinam possíveis restrições.
A tecnologia também tem um papel importante nesse trabalho, com sistemas que agilizam a verificação de informações e o cruzamento de dados. Além disso, cada tipo de imóvel recebe um tratamento específico, já que apartamentos residenciais demandam análises diferentes de galpões industriais ou propriedades rurais.
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