Pequenas e médias empresas no lucro presumido terão de se reorganizar para não perder dinheiro com o novo modelo de impostos do IVA
Com a chegada do novo modelo de impostos do IVA, a partir da reforma tributária, pequenas e médias empresas enquadradas no Lucro Presumido precisarão revisar sua estrutura contábil e operacional para evitar aumento de carga tributária e perda de competitividade no mercado.
O novo modelo de impostos do IVA, que unificará tributos federais, estaduais e municipais, trará uma transformação profunda na forma como as empresas calculam e recolhem impostos sobre o consumo.
A simplificação prometida pela reforma tributária vem acompanhada de novas exigências técnicas, que colocam em alerta especialmente os empreendedores do Lucro Presumido, regime que hoje atende a boa parte das pequenas e médias empresas brasileira.
A reformulação do sistema fiscal exigirá maior transparência, rastreabilidade e controle digital das operações, o que significa que muitas empresas terão de se adaptar rapidamente ou enfrentar aumento de custos e riscos fiscais.
O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) será composto por duas frentes: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), gerido por estados e municípios.
Juntos, eles substituirão tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, criando um modelo não cumulativo, em que o imposto é pago apenas sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia produtiva.
Para empresas que operam no Lucro Presumido, essa mudança representa uma quebra de paradigma.
O sistema atual permite uma apuração simplificada, baseada em uma margem de lucro presumida definida por lei.
Com o IVA, será preciso registrar e comprovar todas as operações, detalhando créditos e débitos tributários de forma transparente e rastreável.
Na prática, o novo modelo exigirá sistemas integrados, contabilidade mais técnica e gestão fiscal automatizada.
A informalidade, que ainda é comum em pequenas operações, tende a desaparecer com a digitalização e o cruzamento automático de dados pela Receita Federal.
— Do portal CPG