Postura e disciplina são vitais nas festas de final de ano das empresas

Por Acácio Júnior. advogado empresarial

Estamos no mês de dezembro e, a partir de agora, a maioria das empresas realiza confraternizações entre seus colaboradores. Os encontros vão de happy hour a festas bem organizadas em lugares fechados. Mas até que ponto é tudo liberado nessas festas?

Mesmo nas festas de final de ano na empresa é bom manter a disciplina. Há um caso de destaque na imprensa sobre diretor e funcionário de multinacional que foram demitidos após uma festa à fantasia. As empresas têm seus códigos de conduta e isso pode pesar quando qualquer empregado “sair da linha” e colocar em risco a imagem da empresa, considerando que tudo o que se faz hoje em dia vai parar na internet. Fotos de funcionários em situações vexatórias podem, sim, propiciar situações extremamente desagradáveis na web.

A empresa, em linhas gerais, não emite um comunicado sobre postura que seus empregados devem tomar em relação à festa, claro. Naturalmente podemos imaginar e esperamos que as pessoas tenham bom senso e que delimitem até aonde podem ir mesmo em uma festa da empresa. Afinal de contas, não é um encontro onde a liberalidade é regra.

Em festas ou happy hour há bebidas e isso, importante frisar, não pode ser visto como beber à vontade. O empregado tem o dever de agir com respeito e observar que o momento não é de balbúrdia, mas de confraternização sadia e não permitir excessos dele ou de colegas.

Vale ainda ressaltar que, é justamente nesses momentos que muitas pessoas revelam posturas e pensamentos que tentaram esconder durante todo o ano. Desse premissa, reitero a fundamental relevância do alinhamento entre o pessoal de cada um com o seu perfil observado e difundido dentro da empresa. Este momento de revelação, em muitos casos, traz informações de caráter de cada pessoa e isso, dependendo da política de conduta da empresa, pode ser o “ascender de um estopim”.