Sucessão patrimonial sem planejamento pode subtrair 20% da herança

A ausência de um planejamento de sucessão patrimonial pode resultar na perda de 10% a 20% do patrimônio a ser herdado, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

As opiniões variam dentro desse intervalo: os gastos ficam entre 10% e 20%. Entre os principais custos estão o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), variando de 4% a 8% conforme o Estado, além de honorários advocatícios, custos judiciais e taxas cartoriais. Especialistas consultados destacam que um processo sucessório bem estruturado pode proporcionar eficiência tributária e ajudar na preservação do patrimônio para futuras gerações.

Entre as ferramentas mais recomendadas para esse processo, estão o seguro de vida, sobre o qual não incide o Imposto de Renda (IR), e a previdência privada do tipo VGBL, cuja alíquota de IR pode chegar a 10%. Ambos produtos têm outra vantagem: não passam pelo processo de inventário e podem ser acessados de forma mais rápida pelos herdeiros. Essa condição em si já garante uma boa eficiência tributária.

Especialista ouvido pelo Estadão comenta que o seguro de vida é uma ferramenta essencial para garantir liquidez imediata aos beneficiários, permitindo que eles recebam uma indenização em dinheiro sem passar pelo “processo lento e burocrático de um inventário e custos com impostos”.

Na sua visão, esse recurso garante a estabilidade financeira da família e permite que eles lidem com o luto sem a pressão de dívidas e problemas administrativos. “Nesse sentido, o seguro de vida se torna parte de uma estratégia de proteção patrimonial mais ampla, pois, o planejamento sucessório é uma forma de pensar além da própria vida, assegurando um legado positivo para os familiares”.

Desafios das novas gerações

O estudo “Navigating the Future of Wealth 2024” da Multipolitan prevê que as gerações Y e Z herdarão aproximadamente US$ 84 trilhões globalmente até 2045, marcando a maior transferência de riqueza intergeracional da história. Isso levanta a questão: estão essas gerações preparadas para gerir essas fortunas? Um alerta está para a falta de preparo entre herdeiros é preocupante no Brasil, agravada pela tendência de casais terem filhos mais tarde, resultando em herdeiros jovens e sem a experiência necessária para administrar recursos familiares.

— Infomoney