Brasil: poucas empresas têm planos de continuidade de negócios estruturados

A crise trazida pela pandemia do novo coronavírus evidenciou a importância da governança corporativa, especialmente da gestão de riscos, para a operação das empresas. No entanto, poucas companhias brasileiras seguem as boas práticas de governança quando o assunto é o plano de continuidade de negócios. É o que mostra um levantamento realizado pela KPMG, que ouviu empresas de diversos segmentos entre maio e julho de 2021, e concluiu que menos de um terço delas possuem um plano de continuidade de negócios estruturado e abrangente.  

Das empresas participantes, apenas 27% foram classificadas no nível 3 de maturidade, o mais alto, em que os processos estão estruturados de acordo com as boas práticas de mercado; 33% das empresas foram classificadas no nível 2, em que o plano existe, mas os processos não identificam nem direcionam todos os eventos que podem afetar a continuidade dos negócios; e 40% estão no nível 1, em que a empresa não possui uma política de continuidade de negócios. 

O plano de continuidade de negócios é importante para mapear os riscos que ameaçam a existência da empresa. Todas as companhias estão sujeitas a eventos adversos, mas aquelas que estão bem preparadas para lidar com as consequências de momentos de crise saem na frente das que não colocam o gerenciamento de riscos entre suas prioridades. Com uma gestão de riscos eficiente e que inclui um plano de continuidade de negócios holístico e completo, as empresas conseguem sobreviver às crises com mais facilidade, garantindo a viabilidade de suas operações e evitando danos financeiros, de imagem e de reputação.

Related Posts