Entenda o que é ESG e por que a sigla virou febre no mundo dos negócios

Ser reconhecido por cuidar do meio ambiente, promover impacto social positivo e adotar uma conduta corporativa ética. Esse se tornou o padrão ouro do mundo dos negócios. Na mais nova etapa do capitalismo consciente, a obsessão das empresas pode ser resumida em apenas três letras: ser ESG.

A sigla ESG significa Environmental, Social and corporate Governance, algo como melhores práticas ambientais, sociais e de governança em português. Esses são os princípios que norteiam a agenda, e as organizações que abraçam a causa devem adotar boas práticas para cada um deles.

Um relatório da consultoria PwC também mostrou que, até 2025, 57% dos ativos europeus estarão alocados em fundos que têm os princípios ESG como critério. Além disso, 77% dos investidores do continente pretendem parar de comprar produtos “não ESG” nos próximos dois anos.

No Brasil, os números ainda são baixos, mas vêm crescendo. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em 2020 havia cerca de R$ 700 milhões em fundos ESG, quase três vezes mais que no ano anterior.

Segundo o Google Trends, ferramenta que mostra o volume de buscas sobre um termo no Google, o interesse pelo ESG atingiu, em 2021, seu nível mais alto em 16 anos. A procura foi quatro vezes maior que a média do ano passado e 13 vezes superior à de 2019.

Geralmente, quando o mundo dos negócios fica obcecado por um assunto, é porque a bússola do dinheiro está apontada para lá. Com o ESG não é muito diferente.

O que uma empresa precisa fazer para ser ESG

Na área ambiental (E)

• Fazer uso racional dos recursos naturais
• Preservar a biodiversidade
• Reduzir a emissão de gases de efeito estufa
• Zerar desperdícios
• Buscar a plena eficiência energética 
• Tratar os resíduos sólidos 

Na área social (S)

• Melhorar as condições e as relações de trabalho
• Estimular políticas de inclusão e diversidade dentro e fora da empresa
• Proporcionar treinamento adequado para os funcionários
• Respeitar os direitos humanos
• Garantir a privacidade e segurança de dados de funcionários e clientes
• Promover impacto positivo na comunidade onde atua

Em relação à governança corporativa (G)

• Preservar a independência do conselho de administração
• Adotar critérios de diversidade na escolha dos membros do conselho
• Garantir remuneração justa e racional
• Seguir condutas éticas e anticorrupção nos negócios
• Praticar transparência fiscal
• Impedir casos de assédio, discriminação e preconceito

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